LONDRES — Nuno Borges escreveu o recorde mais especial da carreira ao tornar-se no primeiro português da história a chegar à terceira ronda em todos os torneios do Grand Slam e reconheceu o orgulho em “levar a bandeira mais longe” com a campanha em Wimbledon, onde esta quarta-feira venceu pela segunda vez consecutiva.
“Gosto de levar a bandeira de Portugal mais longe, mas [durante] tudo isto eu vou pensando em mim e no meu processo, porque tentar pensar nisso é distrai-me e meter pressão em cima que não faz sentido. Mas [agora que aconteceu] é um feito incrível ter chegado à terceira ronda em todos e sem dúvida que estou muito orgulhoso de poder dizer que o fiz em todo o lado”, contou ao Raquetc em Londres depois de superar Billy Harris por 6-3, 6-4 e 7-6(7).
“Isto também mostra aquilo que eu sempre acreditei que fui, ou seja, nunca fui um jogador que do nada chega aqui, ganha um torneio e depois perde oito primeiras rondas seguidas, mas sim de fazer uns quartos de final, possivelmente umas meias-finais, sempre mais na consistência e a demonstrar resultados ao longo de todo o ano em vez de aparecer com um brilharete em duas ou três vezes”, acrescentou Borges, que antes desta semana nunca tinha ganho em Wimbledon.
Se habitualmente se reserva no comentário aos feitos que vai assinando, esta quarta-feira o maiato reconheceu que gosta “deste tipo de estatísticas e resultados” que também o ajudam “a sentir que tenho hipóteses seja qual for o torneio, a altitude, o nível do mar ou as condições” e que tornam “um orgulho poder dizer que ganhei em todo o lado.”
Acerca do duelo frente ao britânico, o número um português admitiu ter sido “um alívio gigante” conseguir resolver a contenda em três partidas depois de anular dois set points no tie-break. “Já estive a falar com o Rui [Machado, treinador] e ele acha que eu fiz um jogo muito bom, bastante consistente e com poucos erros não forçados. Eu achei que ele entrou um bocadinho mal, eu soube aproveitar muito bem quando ele me deu uma brecha ou outra e no geral aguentei-me muito bem, mas sem sentir que fiz um jogo incrível.”
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Autor: Gaspar Ribeiro Lança