Francisco Cabral após vitória em Wimbledon: “É o meu torneio preferido e uma boa semana aqui pode mudar o ano”

LONDRES — Francisco Cabral superou a estreia em Wimbledon pelo quarto ano consecutivo e admitiu que a passagem pela catedral do ténis “pode mudar o ano, ou até a carreira”, apontando a chegada aos ATP Masters 1000 como o próximo objetivo ao lado do parceiro Lucas Miedler.

“Não sei se é ou não é uma das melhores vitórias da minha carreira.Obviamente é um torneio muito grande e tal como já disse várias vezes é o meu preferido, por isso acaba por ser uma grande vitória, contra dois jogadores experientes e que já conseguiram muito bons resultados, por isso estamos muito contentes”, disse em exclusivo ao Raquetc depois de eliminar Jamie Murray e Rajeev Ram por 7-6(10) e 6-3.

“Temos vindo a fazer um bom trabalho em equipa e isso está a dar frutos”, acrescentou Cabral acerca da ligação a Miedler,com quem atingiu os quartos de final no ATP 250 de Estugarda e as meias-finais no ATP 500 de Halle durante a preparação para Wimbledon.

“Hoje tivemos um primeiro set duríssimo em que felizmente conseguimos sair por cima no tie-break e isso animicamente afetou-os um bocadinho. Conseguimos entrar ainda mais fortes no segundo set e arrancámos com um break que nos deu uma tranquilidade importante”, rematou acerca do primeiro triunfo com o novo parceiro em torneios do Grand Slam.

A temporada de relva já levou Francisco Cabral até ao top 40, “uma classificação importante e que procurava há três anos”, mas o grande objetivo do especialista portuense — que não esconde “o sonho de ser número um mundial” — está relacionado com a entrada em torneios: “Passa por ter um ranking que nos permita jogar os Masters 1000, porque é a partir daíque uma boa semana pode mudar o ano e uma carreira. O mesmo aplica-se a este torneio, porque não acontecer já em Wimbledon? Mas temos de ir um jogo de cada vez.”

Nesse sentido, apontou como decisiva a aproximação de ambos ao top 30 para que “pelo menos nos Masters 1000 com quadros maiores já consigamos ter a entrada garantida.”