Elmer Moller celebra o tri na língua de Camões: “Amo Portugal”

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Elmer Moller celebra o tri na língua de Camões: “Amo Portugal”

MAIAElmer Moller replicou os brilharetes de Braga e Oeiras na Maia e celebrou a conquista de um terceiro título Challenger em Portugal, país ao qual multiplicou as declarações de amor com uma declaração final — combinada, mas improvisada — em português. O dinamarquês deixou até ao fim a decisão de jogar o Maia Open e despediu-se orgulhoso por ter desembrulhado as raquetas uma última vez antes da viragem de ano.

“Obrigado por uma grande semana de ténis. Eu amo Portugal.”

O desafio surgiu depois da vitória nos quartos de final. Mais do que habituado a competir e, até, a celebrar em Portugal, Moller prometeu aprender uma frase em português caso conquistasse um novo título, mas garantiu que só a preparia depois da eventual vitória “para não parecer convencido”.

Promessa dita… e cumprida. No caminho entre o court central do Complexo Municipal de Ténis da Maia e a sala de imprensa, o jovem de 22 anos pediu ajuda à equipa do players’ lounge e preparou uma frase em português, à sua escolha, para partilhar na conferência de imprensa logo após bater Andrej Martin e sagrar-se campeão da oitava edição do Maia Open. Com a ajuda do iPhone da irmã, que viajou desde Lisboa, onde estuda, para o ver vencer, deixou para fim o momento que melhor espelhou a ligação já criada a Portugal, o país onde encontra “quase sempre as mesmas pessoas” e já diz sentir-se “um pouco em casa.”

Por isso, foi natural perguntar-lhe se o sucesso que encontra no nosso país é mera coincidência: “De certa forma sim, de outra não. Gosto sempre muito de jogar em Portugal, todos os torneios são muito bem organizados e muitas das pessoas são as mesmas, por isso acabo por conhecer quase toda a gente. Também gosto das cidades e se te sentes bem nos torneios acabas por jogar melhor, por isso não é uma coincidência a 100%. Adoro jogar aqui.”

A verdade é que o jogador natural de Aarhus hesitou até ao fim em viajar até à Maia, acabando por sair do Norte do país com muito boas memórias depois de fazer uma pausa competitiva entre o meio de outubro e o meio de novembro: “No ano passado perdi na primeira ronda e este ano não tinha a certeza de que ia jogar. Foi muito bom fazer uma pausa dos torneios e dos treinos para ficar em casa. Cheguei cá com uma energia nova, que já não tinha há algum tempo, e estou feliz por ter tomado essa decisão. O ténis é um desporto que não pára e se tu não jogas um torneio está outra pessoa a jogá-lo no teu lugar, por isso pode ser muito stressante fazer uma pausa, mas estou muito contente por ter tomado essa decisão e no final valeu muito a pena. É uma sensação incrível terminar o ano com um troféu.”

O novo campeão do Maia Open continuará em Portugal por mais um par de dias, em direção à capital para aproveitar o tempo com a irmã, que por cá estuda, antes de regressar a casa. Só depois será tempo de começar a preparar 2026, mas sem objetivos concretos — mesmo se o top 100 já esteve bem à porta (foi 102.º ATP em julho): “No geral não gosto de ter objetivos específicos. Não acho que me ajude, porque tornas-te demasiado obcecado com eles. No verão estava muito perto de chegar ao top 100 e as pessoas só me falavam disso, mas para ser sincero não era algo em que eu estivesse a pensar muito. Quando colocas muito ênfase em algo torna-se difícil manter o foco no objetivo real, por isso não olho para o próximo ano com objetivos como esse.”

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