Do Jamor a Hobart com história à vista, Portugal aborda play-off da BJK Cup com “motivação em alta”

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Do Jamor a Hobart com história à vista, Portugal aborda play-off da BJK Cup com “motivação em alta”

A longa viagem já lá vai e a seleção nacional feminina está adaptada às condições de Hobart, onde neste final de semana vai discutir o play-off de acesso à fase final da Billie Jean King Cup com a anfitriã Austrália e o Brasil.

Francisca Jorge, Matilde Jorge, Angelina Voloshchuk e Inês Murta reuniram-se no Complexo de Ténis do Jamor com a capitã Neuza Silva no início da semana passada para um primeiro treino conjunto, mas sobretudo “para a equipa se reunir cedo porque temos feito isso nos últimos anos e tem corrido bem”, explicou ao Raquetc a líder da equipa.

“É uma forma de começarmos a focar-nos mais cedo na competição. É importante a equipa estar junta e viver momentos de descontração”, acrescentou antes de comentar a adaptação à maior viagem alguma vez realizada por uma seleção portuguesa.

“Entrámos bem no jet lag e fizemos o protocolo das dormidas e da alimentação bem feito. É claro que a viagem é dura, mas a motivação é grande e sobressai-se a tudo isso. Faz com que seja mais fácil ultrapassar essas dificuldades”, explicou a capitã, que enquanto jogadora chegou à 133.ª posição do ranking mundial e esteve em 23 eliminatórias da Billie Jean King Cup (então Fed Cup), com um saldo mais do que positivo de 30 vitórias e 16 derrotas entre singulares e pares.

Neuza Silva acrescentou que “as peças estão bem montadas para termos uma boa prestação”, até porque “qualquer uma delas gosta desta competição e o bom ambiente da equipa reflete-o. Estou bastante feliz por termos conquistado este play-off, é fruto do trabalho que se tem feito ao longo dos anos e eu tenho falado nisto porque acho sempre bom de passar que em 2022 estávamos na terceira divisão da zona europeia e agora estamos a lutar num play-off mundial. A evolução da equipa e das jogadoras é notória, tal como a entrega que têm em cada jogo nesta competição, que no fundo se joga com o coração e com as cores de Portugal. É um grande orgulho para nós.”

O Grupo E deste play-off concentra Austrália, Brasil e Portugal no Domain Tennis Centre, onde as equipas discutirão entre si, em piso rápido ao ar livre, o único bilhete de apuramento para as Billie Jean King Cup Qualifiers de 2026, já no tradicional formato home-away (eliminatória única).

Com 11 horas de diferença entre Hobart e Lisboa, os confrontos com a Austrália e o Brasil acontecerão, respetivamente, às 12 horas locais (1h da manhã em Portugal Continental) de sexta-feira e sábado,

Sobre as adversárias, Neuza Silva destacou “a Austrália como a equipa com mais poder por contar com jogadoras do top 100 e uma delas até no top 30”, apontando “muita qualidade tanto ao nível dos singulares, como do par”. Em relação ao Brasil, a capitã portuguesa disse conhecer melhor esta comitiva “por serem jogadoras que vamos apanhando muitas vezes nos torneios.”

E deixou uma promessa: “Vamos jogar com as nossas armas e tentar preparar da melhor maneira cada encontro consoante o que temos e as nossas características. Tenho incorporado nos treinos situações de jogo que vamos apanhar. Vão ser dois dias de competição muito difíceis, mas estamos preparadas para isso e, no fundo, dois dias de competição não são nada para nós, já que estamos habituadas a uma semana intensiva de jogos. Estamos todos fisicamente e mentalmente bem preparados para o que aí vem.”

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