Déjà vu completo: Alastair Gray finaliza quinzena de sonho com novo título em Vale do Lobo

VALE DO LOBO – Duas semanas, dois títulos: o britânico Alastair Gray (344.º do ranking ATP) venceu este domingo o Vale do Lobo Open 3 e saiu do Algarve com dois troféus e 10 vitórias na quinzena da Vale do Lobo Tennis Academy.

Frente ao mesmo opositor da final de há uma semana, o primeiro cabeça de série derrotou novamente o ucraniano Georgii Kravchenko (719.º), neste caso com os parciais de 6-1 e 7-5 ao fim de 1h41.

Tal como na meia-final, Gray roçou a perfeição na primeira metade do duelo e rapidamente chegou à liderança de set e break e a vantagem do segundo parcial a certa altura passou mesmo para 3-1. Só que Kravchenko, sempre tenaz, foi conseguindo empurrar o favorito mais vezes para o fundo do campo, foi mais agressivo e foi lidando melhor com o ténis diferente do britânico de 27 anos.

Mas Gray manteve-se fiel ao que sabe fazer de melhor – slices, volleys e dar pouco ritmo a quem está do outro lado – e a direita mais frágil do jogador de leste acabou por claudicar nos momentos mais importantes do encontro. No final, o mais cotado acabou a celebrar de novo e neste caso sem perder qualquer set em toda a competição – a semana passada tinha deixado somente um parcial na semifinal.

Alastair Gray acabou 2025 – tecnicamente ainda tem uma prova para disputar para a semana, na Grécia – como começou: a celebrar dois títulos consecutivos. O palmarés passa agora a contar com 12 troféus, seis esta época. O regresso ao top 300 (em 2022 chegou a ser 237.º) será uma realidade quando os pontos desta quinzena forem contabilizados.

“Estou muito orgulhoso do trabalho feito nestas últimas semanas. Lidei muito bem com todas as variáveis e estou muito feliz. Não esperava propriamente ganhar dois títulos, mas acreditava ser possível e isso é parte do motivo para o ter feito”, sublinhou o campeão no final, apelidando 2025 de “melhor ano” da carreira.

Sem surpresa, Gray promete voltar a Portugal brevemente e o mais provável é ser logo em janeiro no primeiro Oeiras Open, realizado nos cobertos do Jamor. E, obviamente, que o Sul do país e a Vale do Lobo Tennis Academy vão ficar no coração do tenista natural de Twickenham. “Gosto mesmo deste local. Claro que ajuda ganhar, mas gosto disto. É novembro e não há uma nuvem no céu, enquanto em casa está a nevar. O sol faz-nos sentir bem e em Inglaterra o inverno é difícil. Adorei o clube e adorei jogar nestes courts“.