João Menezes anunciou sua aposentadoria das quadras aos 27 anos. O atleta campeão Pan-Americano em Lima, no Peru, em 2019, e com participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021, não conseguiu se recuperar de fratura por estresse na tíbia sofrida durante o torneio de Recife, em março.
Menezes se despede com o 172º como o melhor ranking e seis títulos profissionais, um Challenger em Samarkand. no Uzbequistão, em 2019, e outros cinco canecos na Espanha, Brasil, Equador e Nigéria. Na Olimpíada de Tóquio, por pouco ele não derrotou o ex-top 3 e campeão de Grand Slam, o croata Marin Cilic.
“Foi uma decisão basicamente automática. Foi o meu corpo que tomou essa decisão. Não consigo mais suportar jogar com intensidade para o tênis profissional. Até hoje sinto dor da fratura por estresse na tíbia que sofri no Recife, tenho várias limitações, não consigo mais apoiar na perna esquerda, ela serve apenas como muleta. Uma coisa é fazer uma exibição com intensidade mais baixa, outra é chegar e treinar quatro horas por dia, viajar e competir a cada semana. Não consigo mais”
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“Me sinto normal com essa decisão. Não tem mais o que fazer. Tentei tudo o que eu podia. Todos os tratamentos médicos, fisioterapia, infiltrações, cirurgias. Hoje tenho qualidade de vida boa, consigo me exercitar, ser ativo, consigo fazer outras atividades. Jogar tênis com nível profissional meu corpo não aguenta mais”.
“Sou muito grato ao meu segundo pai que é o Patrício Arnold e todo o centro de treinamento da ADK Tennis, em Itajaí (SC) onde fiquei quase toda minha vida, mais de dez anos. Eles fazem parte não só da minha vida como profissional, mas da minha formação como pessoa. Sou muito grato ali, vou levar para minha vida”.
“Minhas principais recordações do tênis são o título do Pan-Americano, as Olimpíadas, participação na Copa Davis, sempre as que representei o Brasil foram as mais marcantes”.
Menezes segue vivendo em Uberaba onde vem tocando sua arena de Beach Tennis e comenta seus próximos passos: “Estou tocando minha arena de Beach Tennis. Estou fazendo faculdade no segundo ano de economia, tenho pretensões de tirar capacitação no tênis para começar a trabalhar com criança, algo que não domino. Só o futuro vai dizer, estou com a cabeça aberta”.
Patrício Arnold, coordenador da ADK Tennis, comentou: “João é o exemplo de atleta que todo treinador almeja trabalhar. Sempre comprometido em busca da excelência e acima de tudo uma grande pessoa! Tenho certeza que será muito bem sucedido nesta nova etapa”.