Muito se fala sobre a inconsistência que se vive no circuito WTA. Facilmente se vê uma campeã do Grand Slam a entrar numa crise de resultados e a não conseguir estar minimamente do perto do nível que a levou à glória. Pois bem, a transição de 2021 para 2022 deixa isso tudo mais do que à vista, com uma estatística verdadeiramente impressionante.
Ora, olhando para os principais torneios da época passada — os Grand Slams, os Jogos Olímpicos e as WTA Finals –, juntamos todas as finalistas e não há nem uma que vá terminar 2022 dentro do top 10. Parece difícil de acreditar, mas é mesmo verdade, embora se compreenda em algumas casos.
No Australian Open, Naomi Osaka ganhou a Jennifer Brady, sendo que a nipónica tem demorado a voltar e a norte-americana sofreu uma lesão grave. Em Roland Garros, a campeã Barbora Krejcikova também esteve lesionada algum tempo e agora vai lutando para recuperar o melhor nível, enquanto a ‘vice’ Anastasia Pavlyuchenkova também acabou a época mais cedo.
Seguimos para Wimbledon, com Ashleigh Barty já retirada e Karolina Pliskova ainda longe dos lugares que outrora ocupou. Quanto ao US Open, Emma Raducanu tem estado em queda livre, enquanto Leylah Fernandez esteve afastada por lesão vários meses. Já a campeã olímpica Belinda Bencic foi das que mais se aproximou das dez primeiras, enquanto Marketa Vondrousova se afastou.
Em relação às WTA Finals, Anett Kontaveit e Garbiñe Muguruza tiveram épocas dececionantes e saíram das dez primeiras, pelo que não sobra ninguém no top 10. E no top 20 restam apenas Bencic e Kontaveit…