Kyrgios: «As pessoas não entendem tudo aquilo por que estou a passar»

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Kyrgios: «As pessoas não entendem tudo aquilo por que estou a passar»

Nick Kyrgios atravessa um momento especial da carreira, a dar tudo o que tem em court. O australiano chegou à final de Wimbledon, regressou aos títulos e agora lança o ataque ao US Open antes de voltar para a Austrália. Tudo começou com um bom triunfo diante do seu amigo Thanasi Kokkinakis.

ENCONTRO DESCONFORTÁVEL

Foi um dos encontros mais desconfortáveis que joguei na minha carreira. Ambos tínhamos um plano de jogo, conhecemo-nos muito bem. Joguei de forma incrível nos primeiros dois sets na linha de fundo, tentei movê-lo tanto quanto podia. Quando a bola está na sua raquete gere muito bem o jogo, é um dos melhores nesse aspeto, então não queria estar à mercê dele. Servi muito bem.

AMIZADE COM KOKKINAKIS

Há dois ou três jogadores com os quais vou manter o contacto depois do ténis, provavelmente até morrer. Thanasi é um deles. Foi muito difícil porque sentia que ele tinha uma boa oportunidade aqui. Vejo como está a forma física dele. Tinha hipóteses de chegar longe se tivesse tido um bom sorteio. Quando vi que jogávamos um contra o outro foi uma pena, já que eu também sinto que tenho uma boa oportunidade. Profissionalmente lidei bastante bem, mas nunca foi simples.

ANSIOSO POR VOLTAR A CASA

Estou esgotado. 99% das pessoas não entende o que significa estar em viagem tanto tempo, embora nem viaje tanto como o resto dos australianos. Alguns estão cinco ou seis meses sem parar. É brutal. Nascem os filhos deles, a mãe está doente ou o pai está mal, mas têm de continuar a viajar. Claro que estou esgotado, mas não tenho outra opção se não despertar-me e ir à procura da minha melhor versão, então não me queixo. Só digo que é duro, as pessoas não entendem tudo aquilo por que estou a passar. Estou orgulhoso do que tenho feito.