Sergiy Stakhovsky voltou a dar que falar já depois de terminar a carreira mas pelos piores motivos. O antigo tenista ucraniano saiu da sua casa na Hungria e voltou para a Ucrânia para defender o seu país da invasão por parte das forças russas, uma decisão difícil de tomar e que em casa não foi bem aceite.
“Os meus filhos estavam a ver desenhos animados na TV quando fui para a guerra e não os quis distrair. O meu filho de três anos viu-me a pegar na mochila, mas disse-lhe que ia voltar, se não tinha começado a chorar. A minha mulher estava muito chateada e sentiu tudo como uma traição, mas temos falado e melhorado, espero que me perdoe. Era um cenário sem saída. Não me ia perdoar se não fizesse nada, tive de tomar uma decisão entre a minha família e o meu país”, confessou.
Além de considerar que embora possa ser injusto, há que impedir os jogadores russos de competir para travar a Rússia, Stakhovsky pediu ainda que algo seja feito antes que… o Mundo acabe. “É uma loucura que no mundo atual tenhamos uma guerra aberta na Europa. É uma catástrofe humano que os russos bloqueiem o comércio de comida, que matem civis com metralhadoras. É bárbaro e há sangue nas ruas. É uma vergonha, ninguém esperava isto. Depor as armas não é uma opção neste momento. Todos sabemos que quando as armas nucleares começarem a voar será o fim do Mundo, mas o Mundo devia fazer algo antes”, disse ao Tennis Insider.