Uma das notícias que mais deram que falar nos últimos dias ficou relacionada com uma mudança inédita nos torneios do Grand Slam. A partir de agora, todos os set decisivos passam a ser resolvidos com um tie-break até aos 10 quando o marcador registar 6-6. Ora, Stefanos Tsitsipas foi questionado relativamente às alterações no formato competitivo dos Majors e acabou por falar até sobre outros temas, como a questão de ser à melhor de três ou cinco sets.
“Não quero gerar controvérsia com isto. Também está ligado ao tema da igualdade salarial, com as mulheres a receberem o mesmo a jogarem à melhor de três sets. Já me disseram que as mulheres têm mais resistência do que os homens. Não sei. Se calhar podem jogar à melhor de cinco sets. Para os Grand Slams, gosto do formato a cinco sets. Por outro lado, teríamos muito mais variedade de campeões do Grand Slam se fossem à melhor de três. Alexander Zverev podia ter ganho o US Open, eu em Roland Garros. É completamente diferente. Permite que os melhores jogadores, os mais experientes, tenham hipótese de lutar e recuperar. Gosto dos cinco sets de qualquer forma”, admitiu.
Quanto à mudança no set decisivo, Tsitsipas vê os dois lados da moeda. “Não tenho grande opinião. Quando era miúdo adorava os encontros loucos à melhor de cinco sets que ficavam 18-16. Era divertido ver quem quebrava o serviço primeiro. Por outro lado, não podes permitir que os jogadores estejam em court até às 6 da manhã nesse formato. É esgotante. Por exemplo, Kevin Anderson chegou arruinado à final de Wimbledon depois de ganhar a John Isner nas meias-finais”, destacou.
Na antevisão do Masters 1000 de Miami, Tsitsipas falou ainda sobre a sucessão do Big Three… e em como não pensa em nada disso. “Devia estar muito mais perto do que eles conseguem se tivermos em conta a minha idade. Acho que fiquei um pouco para trás ultimamente. Estou a tentar transformar o meu ténis em algo melhor. Penso mais em competir contra a minha geração do que contra eles, até porque Rafa foi o único que participou nos últimos torneios. Compito com a minha geração. Quero ser o melhor da minha geração e não ficar focado no que acontece com os tenistas mais velhos”, rematou.