Soares e Jamie Murray estreiam com vitória, e Rogerinho encerra carreira com homenagens

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Nesta quarta-feira, na estreia da chave de duplas do Rio Open, o brasileiro Bruno Soares e o britânico Jamie Murray venceram os brasileiros Rogério Dutra Silva e Orlando Luz por 6/3 e 6/2. O jogo, porém, ficou marcado pela despedida de Rogerinho das quadras, com direito a uma homenagem.

Após o último ponto da partida, que decretou a vitória de Bruno e Murray, a ex-tenista Teliana Pereira entrou na quadra para falar o quanto a carreira de Rogerinho a inspirou no tênis.

Além disso, um vídeo com depoimentos do treinador Larri Passos do ex-jogador André Sá, do tenista Thomaz Bellucci e do pai Eulício foi exibido no telão.

“Foi o cenário perfeito para minha despedida. O Rio Open é o melhor torneio, o melhor lugar, com o melhor público. Eu sempre gostei de jogar aqui, com a torcida próxima. Desde que cheguei para disputar meu último torneio, aproveitei cada momento”, contou o jogador de 38 anos, que alcançou o 63º lugar no ranking mundial.

“Passou um filme na minha cabeça, lembrar o quanto foi difícil sair de onde eu saí, jogar 20 anos como profissional, hoje falo quatro línguas, conheço o mundo inteiro. Vou dormir tranquilo esta noite porque sei que fechei minha carreira com chave de ouro”, concluiu.

Seu adversário no confronto desta quarta-feira, Bruno, também o exaltou. “Foi um privilégio estar presente na quadra na despedida dele. Vivemos muitos momentos juntos. Rogerinho é um exemplo, veio de quase nada para ser um jogador de tênis. Eu sou um privilegiado, minha família sempre teve condições de me proporcionar muitas coisas, mas tanto ele como a Teliana são exemplos. Vieram de muito pouco, conquistaram muita coisa”, disse.

Em sua carreira, Rogerinho jogou os quatro Grand Slams, defendeu o Brasil na Copa Davis, nas Olimpíadas e Pan-Americanos. O tenista conquistou a medalha de prata nas simples e nas duplas mistas no Pan de Guadalajara 2011 e teve a oportunidade de enfrentar Rafael Nadal e Novak Djokovic. Além disso, ele tem um título de duplas com Sá, em São Paulo 2017, e foi vice-campeão no Rio Open 2020, com Bellucci. “Agradeço a organização do Rio Open pela oportunidade de encerrar minha carreira aqui”, disse.

Rogerinho já projetou seus próximos passos. “Quero tentar passar para a molecada todas as experiências que vivi, os erros, os acertos. Acho que posso ajudar de alguma forma e penso, num futuro próximo, ser treinador”, revelou. “Encaro essa etapa como um renascimento, com vontade de construir um futuro”, comentou após receber placa comemorativa por sua carreira, entregue pela esposa Letícia e pelos filhos Luiza e Noah.

Marcelo Melo e Pablo Cuevas dão adeus ao Rio Open

Em outro jogo de duplas disputado nesta quarta, Marcelo Melo e o uruguaio Pablo Cuevas foram eliminados pelo argentino Andres Molteni e pelo mexicano Santiago Gonzalez por parciais de 7/6 (4) e 6/3. Molteni e Gonzalez vêm de dois títulos nas últimas semanas, em Buenos Aires e Córdoba.

“Eles jogam juntos há mais tempo, chegaram com a confiança lá em cima, e isso fez a diferença”, disse Melo, que não veio para o Rio com o parceiro do circuito, o croata Ivan Dodig.

Nesta quinta-feira, Bruno e Murray voltam à quadra 1 para o segundo jogo da rodada, contra o francês Benoit Paire e o espanhol Albert Ramos-Vinolas, valendo vaga na semifinal.

Pelas simples, Fognini e Coria avançam e se enfrentam nas quartas de final

Nesta quarta-feira, as quadras do Rio Open receberam, também, jogos de simples. O italiano Fognini venceu o espanhol Pablo Carreno Busta, com parciais de 5/7, 6/4 e 6/3.

Na próxima fase, ele encara o argentino Federico Coria, que bateu o espanhol Fernando Verdasco por 7/6(2), 4/6 e 6/4.

O espanhol Pablo Andujar derrotou seu conterrâneo Ramos-Vinolas por 7/5, 5/7 e 6/3, e ainda aguarda por seu oponente na próxima fase.

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