Nesta quinta-feira, a tenista Bia Haddad participou de um evento em São Paulo e celebrou o vice-campeonato do Aberto da Austrália, ocorrido no último domingo. Ao lado da cazaque Anna Danilina, ela alcançou a final do torneio de duplas e entrou para a história ao ser a terceira brasileira a disputar uma decisão de Grand Slam. Apenas Maria Esther Bueno (campeã de duplas do US Open em 1968) e Cláudia Monteiro (vice-campeã de duplas mistas de Roland Garros em 1982) haviam chegado tão longe.
“Eu acho que essa campanha foi muito especial, principalmente para o meu desenvolvimento pessoal. Eu não sabia se as minhas raquetes iam chegar, troquei praticamente dois dias antes de começar o torneio. Isso foi algo que me ajudou. Estava bem fisicamente, tinha feito uma pré-temporada muito boa, me sentia preparada”, comentou a atleta de 25 anos.
Após conquistar o WTA 500 em Sydney, a dupla foi superada no jogo do título do Aberto pelas atuais campeãs olímpicas e melhores do mundo, Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova. As tchecas ganharam por 2 sets a 1, com parciais de 6/7, 6/4 e 6/4.
Haddad analisou a campanha, afirmando que o desempenho em solo australiano não foi um ponto fora da curva: “Não me surpreendo com o resultado, porque nosso nível de tênis estava muito alto. Obviamente, não dá para falar que eu esperaria fazer uma final de Grand Slam, mas acredito que a gente tem condições de fazer outras finais grandes”.
As quatro finalistas do Aberto da Austrália de 2022 (Foto: Paul Crock/AFP)
Bia também disse que a sua rotina permaneceu inalterada após o feito histórico: “Não estou usando muito telefone, Instagram, redes sociais. Então, acabo vivendo muito o presente. Saio de um jogo, vou alongar, me alimento, faço fisioterapia e durmo para jogar no dia seguinte. Minha vida não muda, o dia a dia é igual. O meu aquecimento é o mesmo, as pessoas que gosto são as mesmas”.
“Então, na verdade, resultado é algo que é consequência do trabalho. Sou uma pessoa muito profissional e quero buscar outras finais como essa. Com certeza é muito gratificante, fico muito feliz de ser a terceira brasileira [em uma final de Grand Slam]. Mas acho que me sinto preparada para sonhar com coisas maiores também”, concluiu.
Após enfrentar diversas lesões ao longo dos anos, Bia Haddad se tornou a primeira brasileira a alcançar a final de Melbourne na Era Aberta, que teve início em 1968. Com o vice na Austrália, ela subiu oito posições no ranking mundial da Associação de Tênis Feminino (WTA) e ocupa, no momento, a 75º colocação.
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