Bia Haddad revela bastidores para formar parceria na Austrália: “Não tinha o telefone dela”

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Na tarde desta quinta-feira, Bia Haddad participou de um evento em São Paulo. A tenista revelou os bastidores para formar a dupla com a cazaque Anna Danilina, que conquistou o WTA 500 em janeiro e, mais tarde, fez história com o vice do Aberto da Austrália.

“Na verdade, eu não tinha o telefone dela. Consegui falar pelo Instagram. O que aconteceu mesmo foi que a minha mãe pegou uma lista. A gente imprimiu e ficou riscando quem já tinha as parcerias. Não estávamos realmente achando nenhuma menina. Ela foi uma das últimas que aceitou, mas também ia correr o risco de ir para o Australian e perder torneios. Sabemos como é difícil, ela é a 300ª no mundo de simples e ia abrir mão de jogar”, disse.

“A nossa relação estava sendo mais dentro da quadra. Uns quinze minutos antes de entrar, a gente conversou: ‘Quer jogar em qual lado?’. Ela falou que prefere jogar no back. Falei: ‘Cara, estou por você’. Na verdade, ela tinha o melhor ranking e eu queria deixá-la muito à vontade para escolher”, completou a atleta de 25 anos, que atuaria ao lado da argentina Nadia Podoroska, que se machucou.

Bia entende que, por ser europeia, Anna “é muito mais fria”: “Quando eu vibrava muito, ela se soltava, mas não tem essa característica e, às vezes, isso não a deixa confortável para jogar. A única coisa que a gente sempre falava, independente do erro ou acerto, era sempre o próximo game, o próximo ponto. Isso era muito legal”.

Haddad também afirmou que, após vencer Gabriela Dabrowski e Giuliana Olmos, pelo primeiro jogo do WTA 500, conversou com Danilina e mencionou o potencial da dupla. Na decisão, em 15 de janeiro, elas superaram Vivian Heisen e Panna Udvardy por 2 sets a 1 (4/6, 7/5 e 10/8) e conquistaram o troféu.

“Caminhando para o vestiário, dissemos que tínhamos chance de fazer coisas grandes. A gente foi salvando muito jogo, passando por muito perrengue, e isso foi nos dando confiança. Acho que criamos mais intimidade em Sydney. Mas a gente realmente falava muito mais dentro da quadra, não fizemos treinos específicos para dupla. Em Melbourne, quando começamos a ter mais resultados, treinamos alguns pontos que precisávamos melhorar”, declarou.

“A gente pelo menos almoçou juntas, conversamos um pouco mais. Mas não temos muita intimidade, não faço ideia do que ela gosta de ouvir ou de comer. Sei que joga pelo Cazaquistão. Enfim, não conversei muito mais com ela”, concluiu.

Após enfrentar lesões nos últimos anos, Bia Haddad se tornou a terceira brasileira a chegar a uma final de Grand Slam. Com o vice na Austrália, ela subiu oito posições no ranking mundial da WTA e ocupa, no momento, a 75º colocação.

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