Borges e Cabral tentam ver o positivo dos Jogos Olímpicos: «É de louvar o trabalho feito para chegar aqui»

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Borges e Cabral tentam ver o positivo dos Jogos Olímpicos: «É de louvar o trabalho feito para chegar aqui»

Nuno Borges e Francisco Cabral deixaram Paris com sensação de dever cumprido essencialmente pelo caminho feito até chegar a estes Jogos Olímpicos.

“A participação é um ponto alto já por si. Não vou mentir e dizer que estamos satisfeitos com esta segunda ronda, porque ambos fomos a jogo para ganhar e ambicionamos mais. Eu, pelo menos, e acho que o Francisco também… Estávamos preparadíssimos para ganhar este jogo e ir com tudo para irmos mais longe. Não foi possível e agora a quente não sabe bem. Mas acho que temos que olhar para a caminhada toda para trás. E realmente o trabalho que foi feito, principalmente no último ano que nos deu entrada aqui, é que realmente é de louvar e de tirar o positivo. Agora, aqui às vezes não é fácil, nesta semana do ano, calhar as coisas bem e sair exatamente como queremos”, assumiu Nuno Borges, o melhor português no ranking individual (43.º).

Especialista em pares, Francisco Cabral desvalorizou a questão em torno da desistência de Struff nos singulares, para se apresentar em grande nível neste duelo. “Nós não sabemos, nem procurámos saber o que é que ele tinha, porque se ele vinha jogar o par é porque se sentia pronto para jogar o par. Ele é um jogador experiente, não ia pôr a saúde dele em risco. Eles provavelmente viram aqui uma boa hipótese de juntos irem longe e deram tudo na variante de pares e claramente correu bem para eles.”

Em Paris, Cabral e Borges formaram uma dupla que se conhece desde sempre e isso, assume o primeiro, é sempre especial. “Conhecemo-nos há muito tempo. Ainda esta manhã estávamos a falar que vimos uma foto quando eu estava nos sub-11 ou sub-12, e nessa altura já jogávamos juntos. Desde aí, portanto, claro que é especial e sabe melhor jogar com o Nuno aqui.”

E quanto ao futuro? Los Angeles ainda não esta na cabeça. “Não pensamos ainda nisso. Faltam quatro anos. No ténis, um momento, um mau movimento pode mudar um ano, uma carreira, dois anos… Claro que é um objetivo. Nós queremos estar em Los Angeles em 2028, se Deus quiser, juntos. E se Deus quiser fazer melhor”, concluiu Francisco Cabral.