Benoit Paire está a viver mais uma temporada complicada. Com apenas três vitórias, o francês até se tem mostrado comprometido com a carreira, ao dedicar-se como há muito tempo não se via. No entanto, nem isso tem sido suficiente para conseguir outro tipo de resultados. O que se passa, então? Paire abriu o coração depois de ser eliminado por Lorenzo Musetti em Monte-Carlo.
“Perder não é assim tão mau. O que me interessa é como estou nos treinos. Tive uma grande tarde a treinar, mas no court senti-me pesado, não me conseguia mexer. Isto acontece-me desde o início do ano. Quando tenho um match point ou break point, sinto muito a pressão. Não devia ter, a minha carreira fala por mim, não entendo isto”, começou por afirmar.
Paire garante que continua a lutar e a ter vontade de ganhar, mas tudo muda dos treinos para os encontros. “Continua a ter ambição e estou a esforçar-me muito, então não me podem criticar. Treino duas vezes por dia, vou ao ginásio e até posso treinar o tempo todo que quiserem, mas se não me sinto bem nos encontros é inútil. Jogava melhor quando treinava menos. Sempre odiei perder, mas agora não me irrita quando perco. Fico simplesmente dececionado”, atirou.
E o que poderá fazer diferente? “Não sei o que fazer. Tentei até contratar um treinador. Tive o do Edouard Roger-Vasselin em Indian Wells e Madrid, mas isto está tudo na minha cabeça. Não quero ir a um psicólogo, isto vai resolver-se sozinho. Tenho de ganhar um par de encontro para isto começar a ir ao lugar. Talvez tenha de ir a um Challenger porque sei que estou a jogar bem”, rematou.