Igual a si próprio, Nick Kyrgios não se mostrou demasiado importado com o facto de já poder dizer que tem um título do Grand Slam. O australiano arrebatou o troféu de pares do Australian Open ao lado do amigo Thanasi Kokkinakis, mas a verdade é que o legado que quer deixar quando terminar carreira é um completamente diferente. Nesse sentido, está muito contente com o rumo do seu percurso e com o momento atual.
“Tenho sido sempre eu próprio. Para ser honesto, vejo-me ao espelho todos os dias e sei que estou confortável na minha pele. Demorou muito tempo até poder olhar ao espelho e pensar ‘não quero saber se ganho um Grand Slam, não quero ser como o Roger Federer’”, afirmou em declarações à ABC.
Kyrgios, atualmente no 122.º posto do ranking ATP, nem sequer está preocupado com aquilo que as outras pessoas pensam de si e dos seus atos, uma vez que acredita que quem o conhece sabe com aquilo que pode contar. “Não quero saber como é que as pessoas me interpretam nem o que acham de mim porque quem está à minha volta sabe que sou uma pessoa que se preocupa. Sou sempre eu próprio. Sou confiante e tento ajudar as pessoas”, atirou, antes de abordar a sua postura em court. “Sempre fui assim desde criança. Sempre fui emocional e teatral em alguns momentos, mas estou muito confortável com isso”, atirou.
Qual é, então, o legado que Kyrgios espera passar quando um dia de pendurar as raquetes? O próprio explica de forma bastante clara. “Quero ser lembrado como mais do que uma pessoa que simplesmente jogou ténis. Quero ser lembrado como um ícone, alguém que fez as coisas à sua maneira. Já temos os Nadals, Djokovics e Federers. Quero que os miúdos pensem ‘se aquele tipo conseguiu, se calhar nós também conseguimos’”, rematou.